terça-feira, 26 de junho de 2012

BENDIZ, Ó MINHA ALMA, O SENHOR


Bendiz, ó minha alma, o Senhor.

José Angelo da Silva Campos





Senhor meu Deus, se assim o chamo é porque age em mim o seu Espírito. Agora entendi pra que serve tanto amor.

Quando louvo o Senhor, é o próprio Deus que se manifesta em mim. Quando silencio estou ocultando a Sua presença.

Manifesta em mim, Espírito Santo, para que minha vida seja um eterno e constante testemunho do Amor de Deus.

Hoje como em Pentecostes, revivo o sopro do Senhor sobre mim. Com o ardor da chama que não se apaga, meu coração inquieta-se em transbordar em preciosidade.

São preciosos os dons que recebemos. Eles nos comunicam em linguajar universal, formando em nós comunidade.

O servir ao próximo por caridade é a essência que mantém acesa a chama do verdadeiro amor, que é Jesus Cristo, no centro da nossa vida.

A experiência da fé desafia a nossa coragem para no cenáculo da nossa vida recebermos o Espírito Santo, rompermos a porta da individualidade e falando uma única língua, a linguagem do Amor, mostrarmos Jesus ao nosso irmão.




UM BEM QUE DURA PARA SEMPRE


Um Bem que Dura para Sempre

José Angelo da Silva Campos



“Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede”.Jo 6,35



Nossas pretensões são claras, alimento não nos falta. O nosso desejo está diretamente relacionado com o destaque que teremos no nosso mundo.

Buscamos constantemente o poder.

O poder que melhor traduz os nossos desejos é sustentado pelo dinheiro. Quanto mais dinheiro ganhamos, maior o nosso destaque na sociedade.

O sucesso financeiro é sempre a nossa meta, porque proporciona satisfação pessoal e sentimento de vitória.

Quanto menos ganhamos, quanto menor nossas posses, quanto mais antiquada a versão dos nossos bens, menor o nosso valor na sociedade.

um bem especial que sua versão jamais fica ultrapassada. Esse bem, por si é o próprio poder. Nãodinheiro no mundo capaz de comprá-lo. E, fugindo à lógica de tudo que conhecemos, quanto menos dinheiro possuímos, mais fácil fica para adquirirmos esse Bem.

Esse Bem, não é matéria que o tempo consome. Ele é vida em abundância e a satisfação que ele traz é eterna, nem a morte é capaz de consumi-la.

Se nos falta o alimento, queremos pão. Saciados da fome, queremos vida plena.

O mundo nos oferece por alimento o pão, que de um dia para o outro endurece, mofa, consome.

Para a vida plena, esse mesmo mundo nos oferece os bens materiais, frutos do egoísmo, da disputa pela posse, onde os valores são traduzidos em cifras.

Maior que a fome de alimento, é a fome de vida.

Para matar essa fome, temos Jesus, O Pão da Vida, alimento que provoca a partilha, o sentido comunitário, a compaixão, cuja satisfação, num verdadeiro milagre, sacia a nossa fome de comida e confunde os matemáticos trazendo como resultado da divisão uma multiplicação.

Para a vida plena, temos um Bem duradouro, esse Bem é o próprio Cristo, cujos valores são eternos desde a sua origem, e se oferece a nós sem coação. Abre os braços e diz: “Vinde a mim”.

A matéria, o mundo nos oferece. A diferença está em como usá-la. Sem Jesus, ela nos escraviza e nos consome. Com Jesus, ela se torna objeto de santidade onde o milagre da partilha se faz.

Vivamos Jesus Cristo no nosso dia a dia, e nada faltará, pois Jesus é vida plena em abundância.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

OLHE PARA A CRUZ!


Olhe para a Cruz!

José Angelo da Silva Campos



Olhe para a cruz, símbolo da degradação do homem. Local destinado ao esfacelamento, à tortura.

Nela muitos foram estirados e expostos ao tempo para saciarem a fome dos pássaros carniceiros. O sangue tinge o madeiro.

A cruz, instrumento a ser repudiado por todos... até Jesus passar por ela.

Este instrumento de tortura e morte, em Jesus nos trouxe a vida.

Olhe para a Cruz! Esse é o símbolo da vitória. Nela Jesus venceu a morte.

Quando olhamos para ela não mais sentimos medo. O temor foi substituído pela alegria, pois sobre ela Jesus venceu a morte para todos nós.

Olhe para dentro de si e diga com sinceridade: qual imagem posso passar?

Sou também um símbolo da vitória de Jesus? Ou ainda estou carregando de braços abertos, no formato da cruz, a mim e aos meus para o holocausto?

Sobre você repousou o Espírito Santo no batismo. Você não pode mais ser aquela cruz temerosa, tem que ser símbolo da vitória.

É a vitória que está no reconhecimento humilde da sua condição de pecador.

Bata no peito cabisbaixo e diga ao Pai: - Perdão, pois sou pecador; e peça:

Pai olhe para mim com a sua Misericórdia.

Faz-me perseverante no amor incondicional, intolerante com a injustiça e pregador da Boa Nova, no exemplo de vida.

Faz de mim um instrumento Seu. Não permita que o orgulho e a vaidade apresente-me como uma cruz da tortura, um sepulcro caiado, belo por fora e vazio de vida por dentro.

Que essa cruz, Senhor, seja sempre em minha vida o símbolo da Sua vitória.

Que ao contemplá-la eu seja remetido ao amor de Deus, que semeou em mim a esperança e o compromisso com a Sua Palavra.

Pai querido, Pai amado, permite que eu viva sempre o seu Amor e que possa compartilhar das palavras de Paulo a Timóteo, dizendo com a firmeza da verdade:

“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a .(...)” e na certeza da sua misericórdia, também dizer:”O senhor me livrará de todo o mal que me queiram fazer e me salvará, admitindo-me em seu reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.” (2 Tim 4,7. 18)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

MAIS IGUAIS - UMA ODISSÉIA GREGA


Mais Iguais

Uma Odisséia Grega

José Angelo da Silva Campos





¹ -Platão= “de costas largas”

² -Calistrato= “que incomoda”

³ -Morfeu= “deus do sonho”

4 –Alair= “suprema justiça”

5 –Laódice= “a justiça feita pelo povo”

Eis que “Platão¹”, em mais uma das suas peripécias, após formalmente cobrado pelos senhores da lei resolve desafiá-la. Com o famoso “deixa como está para ver como é que fica”, aposta no poder da largura das suas costas.

“Calistrato²”, mesmo ciente do poder sobrenatural que blinda o espírito de “Platão²”, revolta-se e tenta achar um meio de romper com essa blindagem sobrenatural.

Conclui que “Platão¹” faz parte do seleto grupo dos “Mais Iguais”, grupo este composto por divindades isentas da submissão aos ditames das leis, que apesar de seleto, possui grande número de membros, atuantes nas diversas classes sociais com hierarquia própria, conforme a classe social onde o membro atua.

A classificação dos membros do clã dos “Mais Iguais” define que um “Mais Igual” inferior é sempre “Amigo” do “Mais Igual” superior. Resumindo, é um claro jogo de interesses.

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” (Art.5º Constituição Federal do Brasil)

Esqueceram nossos constituintes de inserir em meio a tantos incisos e parágrafos que compõem os direitos e deveres individuais e coletivos, os termos definidores da proteção individual dos “Mais Iguais”.

A coletividade formada pelos “Mais Iguais”, apesar de composta por um número restrito de pessoas, não mereceria ter suas prerrogativas e seus direitos claramente estabelecidos na Carta Magna?

O que estão esperando nossos legisladores, que ainda não se pronunciaram a esse respeito, sugerindo uma reforma constitucional para que tamanha injustiça seja corrigida?

Devemos nós os “Iguais” empunharmos essa bandeira e com a brava voz dessa esmagadora maioria, exigirmos a inserção desses nossos compatriotas, tão diferentes de nós e talvez por isso discriminados pela constituinte de 1988?

“Calistrato²”, mesmo não sendo espírita, permite ser possuído pelo espírito de “Morfeu³”, e como bom sonhador crê que um dia a justiça reinará e a casta dos “Mais Iguais” será lançada na Geena para queimar por toda a eternidade.

Enquanto essa sessão espírita não se consuma segue “Calistrato²” perturbando a vida de “Alair4” e instigando a ira de “Laódice5” para que numa ação de cidadania e união popular seja extirpada toda e qualquer proteção aos que ousem “se acharem” “Mais Iguais” que os outros.


terça-feira, 5 de junho de 2012

QUESTÃO DE FÉ


Questão de Fé

José Angelo da Silva Campos

“Ouve , ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.”(Deut. 6, 4)



Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, a Santíssima Trindade. Deus que é um em três pessoas distintas.

À pequenez da nossa inteligência torna-se impossível explicar. Mas a vem em nosso socorro e apascenta o nosso coração.

Buscar na a razão que justifica viver o amor de Deus, não representa falta de inteligência, mas, ao contrario, confirma a ação da sabedoria no nosso intelecto.

Portanto, não busque justificativa nas lógicas que o mundo materialista oferece. Nem queira afastar-se dele para melhor compreender as coisas do céu.

A fé nos impulsiona a levar as coisas do céu para o mundo que entende das coisas da terra.

Tudo o que recebemos pela fé apenas fortalece a chama do Espírito Santo que crepita no nosso ser. Os dons do Espírito que se expressam na diversidade são gratuitos e feitos para o serviço à comunidade.

A e a esperança nesse Deus de tamanho amor são os insumos que nos impelem a continuar e sempre persistir na caminhada pela estrada de Jesus.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

O BANQUETE


O Banquete

José Angelo da Silva Campos



“Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados.” MT 14, 19-20



O Corpo e o Sangue de Cristo que recebemos na comunhão, fruto do milagre da transubstanciação, é o todo do próprio Cristo que se reparte para levar liberdade e vida aos que na mesa comungam.

Comungar é associar-se, tomar parte. Quem comunga Jesus Cristo compromete-se com o próximo.

O Senhor nos chama à mesa. E chama a todos nós, com nossas misérias, nossas tristezas, nossos abandonos, nossa fome de justiça e paz.

Na mesa do banquete, Ele nos acolhe e oferece a vida em abundância.

Essa vida é para todos.

Quem participa da Eucaristia, um verdadeiro cristão, compromete-se em promover a partilha, o amor e lutar contra a desigualdade e a injustiça do mundo.

O Senhor abastece-nos de dons, na total gratuidade, para que, da mesma forma que recebemos, partilhemos com os nossos irmãos.

Na partilha, o Senhor nos convida a agradecer a Deus pelos dons que nos presenteou: partir o pão e dar a quem tem fome.

Sentar à mesa do banquete e receber Jesus na Eucaristia é compromisso com a vida e a vida é Jesus.

A ação tem que ser nossa.

Nosso irmão está com fome?

Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer”. MT 14, 16

FIM DO ENGODO?


Fim do Engodo?

José Angelo da Silva Campos



Qual cidadão, em especial os menos abastados, não sonhou um dia com um cargo público para si ou para seus filhos?

Quantos de nós cidadãos, especialmente os agraciados com o conhecimento do direito, não nos indignamos com as artimanhas dos gestores públicos em ludibriar o contribuinte e os órgãos fiscalizadores do poder, com o engodo da abertura de concursos públicos para formação de cadastro de reservas, que criam falsa expectativa nos contribuintes concursandos e embusteiam o Ministério Público, o judiciário e demais órgãos fiscalizadores do poder?

Eis que surge no horizonte do planalto o alvor que sinaliza o aniquilamento de mais uma lacuna da lei, usada como esteio às manobras ardilosas de muitos gestores públicos para arcar com os compromissos assumidos em pactos pré-eleitorais.

O espírito do nosso ordenamento jurídico, no que diz respeito ao acesso a cargos públicos, é claro e simples de entender, pois vincula a contratação à necessidade daquela mão de obra pela administração aliada à previsão orçamentária para custear as despesas decorrentes de tal compromisso assumido pelo órgão contratante. Portanto, quando um órgão público decide contratar mão de obra, a responsabilidade fiscal sobre tal ato requer do administrador a plena certeza quanto à necessidade e à viabilidade financeira daquele ato administrativo.

Um administrador que ordena a publicação de um edital de concurso público para formação de cadastro de reservas, independentemente da existência de lei que regulamente a matéria, está passando um atestado de inabilidade administrativa, pois assume que não há necessidade comprovada nem um estudo prévio de viabilidade orçamentária para a contratação ilusoriamente ofertada.

Mas, mesmo com essa clareza da incoerência no ato de um administrador público em promover um concurso público para simples formação de cadastro de reservas, as decisões judiciais têm sido pautadas na carência de legislação específica que proíba tal prática administrativa.

O brilho da luz que surge no horizonte para trazer a limpidez aos olhos da justiça e obrigar aos gestores a serem coerentes com a verdadeira demanda dos serviços públicos, segue para a Câmara dos Deputados após a aprovação na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e cidadania) do Senado Federal. É o Projeto de Lei 369/2008 que prevê o fim dos concursos públicos exclusivos para cadastro de reserva, de autoria do ex-senador Expedito Júnior.

Caso vire lei, o cadastro de reserva será permitido somente para aprovados em número excedente ao de vagas oferecidas pela instituição, dentro do prazo de validade do concurso. A medida valerá para seleções no âmbito das administrações diretas da União, estados, Distrito Federal e municípios.

Como nem tudo é perfeito houve emenda do senador José Pimentel (PT-CE), aceita pelo relator Aécio Neves (PSDB-MG), que exclui empresas públicas e sociedades anônimas de economia mista da obrigação legal, porém, proíbe as estatais de cobrarem taxa de inscrição dos candidatos quando o concurso se destinar exclusivamente à formação de cadastro reserva como forma sucinta de coibir tal prática. Os demais órgãos públicos deverão indicar expressamente, nos editais, o número de vagas a serem ocupadas.

A luz é de um amanhecer sugestivo de dia claro e com temperatura amena. A nossa esperança é de que a Câmara e todo o trâmite legal para a plena vigência da lei não cubram esse céu de brigadeiro com nuvens tempestuosas carregadas pelos interesses, nada republicanos, dos lobistas de plantão.