terça-feira, 29 de janeiro de 2013

HOLOCAUSTO À PREVARICAÇÃO?


Holocausto à Prevaricação?

José Angelo da Silva Campos

 

- Poderia ser evitado?!

Indignado o cidadão lança esta pergunta em tom de afirmação e a resposta não vem. Contam-se as vítimas. Pessoas viram estatísticas. Jovens sonhadores não mais acordarão. Para que serve essa tragédia além de trazer sofrimento e desespero?

Não pode ser um holocausto oferecido ao deus da omissão e da prevaricação!

Mas pode ser um sacrifício ocasional e santificador, capaz de transformar vítimas em eleitos com entrada franca e direta ao mais sublime objeto do desejo humano, o Reino de Deus.

Mas para que esse horror se transforme em esperança, é necessário que saiamos do nosso comodismo e passemos a agir sempre em prol da coletividade, buscando em tudo a observância do respeito à dignidade humana.

Até quando nossos governantes brincarão de administrar?

Até quando os responsáveis por fazer cumprir as leis manter-se-ão acomodados neste estado de letargia?

Até quando? ...... Até quando?

Se as coisas estão da forma que se encontram, também é porque nós permitimos.

Seja por descaso, seja por interesse pessoal, seja até sem motivo, o nosso silêncio autoriza a ação putrefaciente dos aficionados pelo lucro fácil extraído do sangue e do suor alheio.

Somos coniventes confundindo em nossas mentes covardia com prudência.

Ser omisso não é prudente, é covardia!

A lei existe, já não é uma perfeição, pois até ser publicada sofreu com os açoites dos feitores atentos em defender o interesse dos senhores de engenho.

Mas ela existe e é o que temos para impor regras de convivência em nossa sociedade. Sendo assim, democraticamente devemos obediência a elas e quando nos recusamos a obedecê-las, devemos sofrer as punições também por elas previstas.

Para coibir a infração da lei, foram criados órgãos responsáveis por vigiar e cobrar o seu cumprimento.

São esses órgãos, dentre outros, a polícia, o Ministério Público, os vereadores, os deputados e senadores, todos os fiscais, etc.

E por ordem constitucional, são também responsáveis em exigir o cumprimento das leis, todo cidadão, devendo denunciar aos órgãos competentes as infrações legais que tiver ciência.

Cidadão é aquele individuo que: como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo mesmo Estado e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos (Dicionário Houaiss da língua portuguesa)

Infelizmente os órgãos responsáveis pela fiscalização da cidadania estão em sua maioria contaminados pela doença do “politicamente correto”, cujos sintomas provocam o receio de desagradar a alguém com poderes de mando.

Fazer o certo e falar a verdade, nem sempre agrada, porém deve ser sempre o nosso compromisso.

A tragédia ocorreu longe de muitos de nós, mas aquilo que permitiu seu acontecimento está presente no nosso dia-a-dia:

Observemos a ação (ou omissão) dos fiscais municipais, estaduais e federais; dos promotores de justiça; dos vereadores; dos policiais; dos deputados; etc. e respondamos com sinceridade:

Podemos confiar?

“Depois da casa arrombada, fechadura nela”, diz o ditado popular, porém, também diz outro ditado: “melhor prevenir que remediar.” Sendo assim, Vamos à luta e cobremos das nossas autoridades uma fiscalização com autonomia e poder de polícia para que a lógica natural se cumpra e os filhos enterrem seus pais.